15 de jul. de 2009

Futebol dá nisso...


E eu que pensava que DM (departamento médico) era coisa de atleta profissional. Que nada! Cá estou eu, amadoríssima, fazendo fisioterapia todo santo dia! Tudo por causa de uma pelada de 3 horas!!! Abusei, né...

Meus companheiros de consultório são de todos os tipos. Acidentados, sedentários, tenistas de fim de semana (aqueles que vão pra quadra após se aquecerem tomando uma cervejinha) e até crianças. Todos sofrem com os exercícios puxados, mas se divertem com o bate papo. A idéia é essa: fazer do ambiente de recuperação um lugar agradável. Se o tratamento é demorado, só mesmo dando boas risadas pra não ficar ansioso!

Imagine só os jogadores profissionais que se machucam e ficam de fora das grandes decisões, como a final da Libertadores desta noite. Como será que, por exemplo, o atacante Soares (que há meses se recupera de uma fratura no tornozelo) deve estar se sentindo... Pensando nele fica fácil eu ter paciência pra sarar. A minha pelada pode esperar...
Voltando um pouco no tempo, lembro quando comecei a jogar bola. Eu devia ter uns 11 anos quando cheguei em casa com os joelhos roxos pela primeira vez. Meus pais horrorizaram! Tentaram me convencer a trocar de esporte de todo o jeito. "Quem sabe uma natação, filhinha", "Você vai ficar com corpo de homem...", "Achava tão bonito quando você dançava balé!". Esses foram alguns dos dizerem que ouvi pelo ouvido direito e deixei escapolir pelo direito.
Depois de um tempo eles se acostumaram e começaram a gostar dos meus jogos. Assistiam a todos e torciam muito nos meus campeonatos. Mas toda vez que eu me contundia, era a mesma estória... "Você vai ficar com a perna toda marcada, em! Depois não vai conseguir usar saia".

De volta ao presente. Nem a minha coleção de cicatrizes na canela e no joelho, nem a minha inflamação na tíbia, que estou tratando, me fazem titubear. Jogar bola, pra mim, é um dos maiores prazeres da vida. É quando eu esqueço de tudo e de todos. É quando eu apenas sigo e observo a bola, fazendo ela girar. É um estado de espírito difícil de descrever. Mas, definitivamente, me faz bem.

Agora preciso ir... meu fisioterapeuta João Paulo me aguarda, com muitos pesos, uma mini cama elástica, algum gelo, cordas, elásticos e, é claro, uma bola (ainda que de plástico).

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